Metamorfose
Era insignificante como os insetos. Tirando suas “divinas tetas”, nada de vaca tinha. Nenhuma de nós jamais seria tão ordinária. Era um projeto de gente que queria se aproveitar do nosso brilho, do nosso auge, para aparecer. Mas de nada valia, poucos se importavam. Eu, quase não a notava.
Eis que os anos se passaram…
Em um bela noite de 2004, enquanto passeava feliz da vida e acompanhada, esse serzinho cruza o meu caminho e pisa no meu calo – ou melhor, no meu pasto. Audaciosa como sempre, J. Lou joga seu charme vulgar sobre o meu bovino e, ainda por cima, debaixo da minha fuça:
(reprodução do diálogo)
- Oi, Bovino, tudo bem?
- Tudo, J.
- Você está com a Florisbela?
- Estou.
- Ah, que pena!
Pode?
Claro que não. De jeito nenhum!
O pior é que a lerda aqui nem se dava conta de que ela era capaz de semear a discórdia. Sempre a subestimei. A partir daí o mero inseto passou a ser uma jararacuçu em minha vida. Não pensei duas vezes em procurar as vacas Mimosa e Saralee, alvos da louca no passado, para dividir minha indignação. E agora, ao lado delas, faço parte deste blog, que nasceu não sei de onde, com o intuito de queimar gentinha impertinente como J. Lou. E vocês que nos lêem sintam-se à vontade para fazer deste lugar uma enorme e ardente fogueira.
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